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19 de novembro de 2025
A Assembleia Conjunta realizada pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) definiu os parâmetros da anuidade de 2026. O Conselho Regional de Odontologia de Minas Gerais (CRO-MG) atuou firmemente para garantir que nenhum aumento fosse aplicado — e conseguiu: o valor da anuidade será mantido, sem reajuste, exatamente como em 2025.
Apesar dessa conquista importante para os Cirurgiões-Dentistas e demais inscritos, o CRO-MG deixou claro: poderíamos avançar muito mais em justiça financeira, transparência e benefícios reais para a classe.
E foi por isso que Minas levou propostas concretas — todas ignoradas pelo CFO.
O que ficou aprovado para 2026
Mesmo diante do bloqueio de propostas e da limitação de debate, o CRO-MG conseguiu garantir:
- Reajuste zero (valor mantido).
- Descontos: 10% em janeiro e 5% em fevereiro.
- Parcelamento: até 10x no cartão ou 5x no boleto.
- PJ uniprofissional: isenção mantida.
- Primeira inscrição: 50% de desconto nos dois primeiros anos.
Essas são conquistas importantes — mas não suficientes diante do que a categoria merece.
O que o CRO-MG propôs (e o CFO se recusou a debater)
Mesmo enviando ofício prévio e cumprindo todos os requisitos formais, o CRO-MG teve suas propostas barradas sob alegação de “falta de pauta”. Nenhum presidente de Regional pôde apresentar propostas.
Entre as melhorias apresentadas por Minas Gerais estavam:
1. Descontos progressivos por idade
A proposta reconhecia décadas de dedicação à Odontologia:
- 50 anos: 20% de desconto
- 55 anos: 30% de desconto
- 60 anos: 40% de desconto
- 65 anos: remissão (isenção total)
2. Isenção ou desconto para gestantes
Proposta de isenção no ano do parto ou desconto proporcional aos meses de licença-maternidade.
3. Incentivo ao início de carreira
- 100% de desconto no 1º ano de formado
- 50% de desconto no 2º ano
4. Benefícios para PJs compostas 100% por Cirurgiões-Dentistas
Desconto de 50% na anuidade.
5. Uso do superávit do CFO em prol da classe
Aplicação de parte do saldo financeiro do CFO para reduzir 1/3 da anuidade de 2026.
Essas propostas representam benefícios reais, possíveis e necessários, construídos com responsabilidade financeira e foco no profissional.
Graves questionamentos ficaram sem resposta
Além do bloqueio às propostas, o CRO-MG cobrou esclarecimentos importantes:
CFO-ID
O sistema de carteira digital, que apresenta instabilidade e está praticamente inoperante, segue sendo vinculado a descontos — sem qualquer justificativa técnica.
Segurança financeira
O CFO não apresentou:
- processos de contratação das empresas de arrecadação por cartão;
- explicações sobre prejuízos anteriores com “fintechs”;
- documentação referente à empresa “BTX Brasil”, contratada sem acesso ao processo licitatório.
Omissão de documentos essenciais
O CFO não disponibilizou:
- o Estudo Técnico Preliminar (ETP);
- o Documento de Formalização da Demanda (DFD).
Ambos são obrigatórios para qualquer contratação pública.
Direito de fala e de vista foram negados
Com base nas inconsistências e na ausência de documentos, o CRO-MG solicitou vista — um direito previsto para permitir análise adequada da matéria.
O pedido foi negado.
Mesmo assim, não estávamos sozinhos:
- o CRO-GO acompanhou Minas Gerais na defesa dos benefícios;
- o CRO-PI e o Conselheiro Federal do Piauí apoiaram o pedido de vista e os questionamentos.
O cerceamento ao debate foi repudiado por diversos regionais.
A luta continua!
O CRO-MG não aceita que os direitos dos inscritos sejam tratados dessa forma.
Diante da recusa ao diálogo, da ausência de transparência orçamentária e da restrição ao direito de apresentar propostas, o Conselho informa que estuda medidas legais para anular a assembleia, garantindo que:
- decisões sejam tomadas com responsabilidade e legitimidade;
- os inscritos tenham seus direitos respeitados;
- propostas reais de benefício para a classe sejam finalmente debatidas.
A Odontologia mineira continuará lutando por justiça, transparência e valorização profissional.
Seguiremos firmes — sempre ao lado do Cirurgião-Dentista.