No dia 15 de maio, Dia Nacional do Controle das Infecções Hospitalares, instituído pela Lei nº 11.723/2.008, o CRO-MG faz um alerta: a higienização do ambiente hospitalar também é uma tarefa dos pacientes, visitantes e de toda a equipe de saúde, limpeza e gestão. As infecções hospitalares são adquiridas após a entrada do paciente nos hospitais e centros de saúde e podem se manifestar durante o período de internação ou mesmo após a alta.

No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, estima-se que as infecções hospitalares chegam a aproximadamente 14% das internações. Para o Dr. Pedro Henrique Guimarães Silva, cirurgião-dentista e membro da Câmara Técnica de Odontologia Hospitalar, a pandemia trouxe visibilidade para o fato de que os cirurgiões-dentistas são muito necessários no ambiente hospitalar justamente para reduzir quadros infecciosos, pois muitos desses focos infecciosos possuem origem por via oral, o que acaba comprometendo a continuidade da vida dos pacientes quando as infecções não são identificadas e tratadas a tempo por um profissional capacitado.

“A Odontologia moderna traz consigo, através do conhecimento técnico e científico robusto, o quão complexo é o sistema estomatognático e todas as alterações sistêmicas que um indivíduo pode sofrer caso ocorra alguma disfunção ou foco de infecção dentro desse sistema. Quando falamos a respeito da atuação do cirurgião-dentista nos hospitais, estamos falando de um profissional que integra a equipe multidisciplinar no intuito de tratar e prevenir doenças, auxiliando assim em uma desospitalização segura e uma menor propensão dos pacientes em adquirir infecções hospitalares, que possam prolongar sua internação e até mesmo levar estes pacientes à descontinuidade da vida”, explica o Dr. Pedro Guimarães.