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4 de março
O CRO-MG faz um alerta quanto ao impacto da obesidade sobre as condições bucais, principalmente neste momento pandêmico. Pessoas obesas são mais suscetíveis a diversos problemas de saúde, o que inclui a saúde bucal, em decorrência da imunidade mais baixa. A má higiene bucal ligada à periodontite e covid-19 tem grande impacto nas infecções respiratórias geradas pelo vírus.
De acordo com os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), o levantamento revela que, no Brasil, 60,3% dos adultos apresentam excesso de peso, o equivalente a 96 milhões de pessoas, com maior prevalência do público feminino, 62,6%. O excesso de peso tem afetado, ainda, os mais jovens: crianças menores de 5 anos e crianças entre 5 e 9 anos. Entre os adolescentes, 28% apresentavam excesso de peso e 9,7% obesidade.
Segundo a Cirurgiã-Dentista e professora de odontopediatria da UFMG, Dra. Joana Ramos Jorge, uma função mastigatória prejudicada, seja pela ocorrência de cárie dentária, doença periodontal, disfunções temporomandibulares ou má-oclusões, pode impactar no quanto o alimento será triturado. Estudos que investigam a função mastigatória têm um achado frequente: uma pior capacidade de trituração do alimento está associada ao sobrepeso/obesidade tanto em crianças quanto em adultos.
“A obesidade é uma condição multifatorial. Assim, acredito que como um profissional da área de saúde, o cirurgião-dentista deve avançar em sua avaliação do paciente como um todo. Não podemos ficar restritos ao diagnóstico de agravos bucais. Informações sobre o estilo de vida, dieta, avaliação da função mastigatória e as condições de saúde bucal são fundamentais para nossa atuação neste sentido. É claro que a obesidade exige avaliação médica para tratamento, mas o profissional da Odontologia pode e deve contribuir nesse tratamento”, ressalta a Dra. Joana Ramos Jorge.
Portanto, o melhor a ser feito é cuidar da alimentação e praticar esportes, garantindo uma saúde completa.