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14 de maio
O bruxismo, hiperatividade dos músculos da mastigação, é uma condição comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Embora suas causas exatas ainda não sejam completamente compreendidas, fatores como estresse, ansiedade, distúrbios do sono e doença do refluxo gastroesofágico têm sido associados ao seu desenvolvimento.
O bruxismo pode ocorrer durante o sono ou quando a pessoa está acordada (vigília), e pode contribuir para outras condições negativas de saúde bucal como desgastes dos dentes, problemas na articulação temporomandibular (ATM) e nos músculos da mastigação, fraturas dentárias, feridas na mucosa jugal (bochecha) e até mesmo dores de dente.
“Apertar ou ranger os dentes podem ser sintomas do bruxismo, assim como a presença de contatos entre os dentes (sem estar apertando) quando não há mastigação, a sensação de fadiga ou cansaço na face, sensação de tensão no rosto e/ou algum incômodo passageiro na face ao acordar ou no final do dia, mesmo sem os dentes se encontrarem apertados”, alerta Dr. Roberto Pedras, Especialista em Dinsfunção Temporomandibular e Dor orofacial e professor da Faculdade de Odontologia da Newton Paiva.
O diagnóstico, na maior parte das vezes, é feito através da anamnese (relato do paciente) e exame clínico. Entretanto, eletromiografia dos músculos mastigatórios e polissonografia são ferramentas que fornecem um diagnóstico definitivo do bruxismo, quando necessário.
Apesar de ser muitas vezes considerado um hábito involuntário, o bruxismo pode causar danos significativos aos dentes e ao sistema mastigatório se não for tratado adequadamente. É essencial que os pacientes procurem a orientação de um dentista qualificado para avaliação e diagnóstico preciso. O tratamento do bruxismo pode envolver a utilização de placas de mordida personalizadas, terapia de relaxamento, modificações no estilo de vida e, em alguns casos, intervenções médicas adicionais para tratar as causas subjacentes.
“Intervenções comportamentais para a detecção e controle do bruxismo também são importantes. Manter os dentes desencostados e, ao mesmo tempo, a face mais relaxada é uma estratégia que deve ser utilizada pelas pessoas para controlar o bruxismo de vigília e diminuir as chances de desenvolver problemas relacionados”, completa o Dr. Roberto.