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17 de outubro de 2025
No Brasil do início do século XX, quando o acesso das mulheres ao ensino superior era raro e cheio de barreiras, uma jovem ousou desafiar a lógica de seu tempo. Isabella von Sydow se tornou, em 1906, a primeira mulher brasileira a se formar em Odontologia, concluindo seus estudos na Escola de Odontologia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
Em uma época em que os espaços acadêmicos eram quase integralmente ocupados por homens, Isabella foi a única mulher na primeira turma de odontologia daquela instituição. Sua determinação abriu caminho para que novas gerações de mulheres pudessem ocupar o lugar que lhes era de direito na ciência e na prática odontológica.
Um marco para a educação e para a profissão
A conquista de Isabella se torna ainda mais relevante quando lembramos que, no início do século XX, o ensino superior era um território restrito às elites masculinas. Era necessário mais que talento: era preciso coragem para enfrentar os preconceitos e a resistência da sociedade.
Mesmo diante das limitações impostas pelo contexto histórico, Isabella trilhou seu caminho e inaugurou uma nova etapa para as mulheres brasileiras na Odontologia.
Legado e inspiração
Isabella von Sydow não apenas fez história — ela transformou o futuro.
Graças à sua trajetória e ao exemplo de tantas outras pioneiras, hoje as mulheres não apenas têm acesso à formação odontológica, como são maioria entre os profissionais da área no Brasil. Elas ocupam consultórios, clínicas, laboratórios, universidades e lideram projetos de pesquisa, gestão e representação profissional.
Nos conselhos de classe, como o CRO-MG, a presença feminina se fortaleceu — e segue crescendo. A Odontologia se tornou um campo de atuação repleto de vozes femininas que transformam, inovam e inspiram todos os dias.
Reconhecimento e celebração
Neste Mês da Odontologia, o CRO-MG celebra a coragem de Isabella von Sydow e de todas as mulheres que, como ela, desafiaram expectativas e ajudaram a moldar uma profissão mais diversa, forte e representativa.
Que sua história sirva de inspiração para novas gerações de cirurgiãs-dentistas — que seguem cuidando de sorrisos com competência, humanidade e paixão.
Isabella foi a primeira.
Mas hoje, milhares seguem seu caminho — e vão ainda mais longe.