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8 de agosto
A língua bifurcada virou assunto nas redes sociais nos últimos dias e hoje o CRO-MG traz informações importantes sobre esse procedimento extremo, que oferece riscos consideráveis. A bifurcação de língua consiste no corte feito no septo-lingual, deixando o órgão semelhante a uma língua de cobra. Ela não tem nenhuma indicação para a saúde, sendo exclusivamente estética.
Quais são os riscos?
Como é uma cirurgia estética, começaremos pelos riscos estéticos. A cicatrização pode não ser como esperada, levando à formação de tecido cicatricial e aderências indesejadas, que afetem a aparência final e causem desconforto.
A língua é um órgão muito vascularizado, o que aumenta as chances de sangramentos intensos e até hemorragias. Unindo isso à presença de mais de 700 espécies de bactérias na cavidade oral, crescem os riscos de infecções durante o procedimento e no pós-operatório.
A bifurcação também pode resultar em alterações funcionais, como mudança na movimentação da língua, na pronúncia de palavras e fala em geral, bem como na deglutição.
Outra possibilidade é a perda da sensibilidade da língua, dificultando ou até mesmo eliminando a percepção de sabores e de temperaturas, que são perdas relevantes para o prazer gastronômico e a segurança na alimentação.
É reversível?
Existe a possibilidade de reversão, mas como todo procedimento reversivo, não garante que a língua volte a ficar 100% como era antes.
Como fazer a bifurcação com segurança?
A natureza cirúrgica da bifurcação de língua demanda o uso de anestesia, de um ambiente asséptico adequado e de um profissional habilitado não só para a execução do procedimento e acompanhamento pós-cirúrgico, como também para lidar com intercorrências que possam ocorrer no transcurso.
Os cirurgiões-dentistas, com destaque para os bucomaxilofaciais, estão entre os profissionais indicados para a realização desse procedimento com segurança, pois é fundamental o vasto conhecimento da anatomia humana.